Fernando Leite é um exemplo de Carreira sem fronteiras na Salvador Caetano. Acumulou experiências profissionais em Portugal, Cabo Verde e Angola.
Iniciou funções no setor automóvel em 1986, integrando o Grupo Salvador Caetano em 1994, quando o Grupo adquiriu o concessionário na qual trabalhava. Passado uns meses, aceitou o desafio da Administração e estava de partida para Angola para coordenar a área financeira e administrativa da Caetano Angola, onde esteve até 1997. Regressa a Portugal para assumir funções de Diretor Geral, mas a carreira além fronteiras falou mais alto e aceita um novo desafio em Cabo Verde, onde esteve durante seis anos. Atualmente, assume a administração da Caetano Angola, marcando mais um capítulo na sua notável jornada profissional.
Neste entrevista vamos falar da sua experiência e perspetivas de futuro.
Fale-nos um pouco sobre as suas funções atuais, como é o dia a dia do Administrador da Caetano Angola?
A minha função é fazer a gestão das empresas do Salvador Caetano (SC) aqui em Angola, na zona de Luanda, onde está a sede e a maioria das empresas, e também na região de Lobito e Benguela. Bem como a expansão do negócio, no ano passado fizemos um investimento de mais de um milhão de euros com a importação da marca Renault Trucks, e mais recentemente, em agosto, uma nova oficina multimarca aqui em Luanda.
Como foi o início da sua carreira internacional? Ainda se recorda como surgiu a oportunidade?
É logo passado uns meses de estar na SC, o Eng. Fernando Almeida e o Eng. José Ramos convidam-me para diretor administrativo e financeiro aqui em Angola. Não conhecia a realidade, não sabia nada do país e na altura vim sozinho. Era um país de risco, estava em guerra civil. Na altura, o Eng. Fernando Almeida trouxe a família e para mim foi um apoio fundamental no primeiro embate. Passado dois meses, a minha mulher veio com o meu filho, tinha apenas um ano de idade, passámos aqui um período difícil pela situação que o país vivia.
Fale-nos sobre alguns dos momentos mais marcantes, houve algum projeto que se orgulhe particularmente?
Na minha primeira vinda, tínhamos de implementar um sistema de gestão documental que e foi preciso criar aqui o controlo de gestão, e este foi o grande desafio. Em Cabo Verde, e com algum orgulho o digo, quando fizemos o lançamento da rent-a-car na ilha do Sal. Em conversa com o Eng. José Ramos decidimos avançar com a expansão do negócio. Arrancámos muito a medo, com 7 viaturas, e em 2019, quando deixei Cabo Verde, já tínhamos 51 unidades. Éramos a maior frota da Ilha do Sal, um trabalho muito bom. Adorei o projeto.
Quais as estratégias que o ajudaram a adaptar-se a diferentes culturas de trabalho?
Há sempre adaptações a fazer quando chegamos, e aí temos desafios fortes, muitas vezes não é fácil introduzir a mudança em alguns processos. Um fator que é importante é a resiliência, temos de ter a capacidade de adaptação para conseguirmos muitas vezes levarmos as pessoas na sua vida profissional a fazerem estas mudanças, a fazer aquilo que nós precisamos, que muitas vezes são os métodos da SC.
Quais os momentos-chave que contribuíram para chegar ao lugar que hoje ocupa?
Ser próximo das pessoas que nos ajudam diariamente, então nestes países, temos de inverter a pirâmide, temos de servir e não ser servidos, tem sido o meu grande trunfo. Eu não sou licenciado, mas sou bastante autodidata, leio muito e a inteligência emocional esteve muito presente junto das minhas equipas. Quem me ajuda, eu tenho um respeito enorme por estas pessoas e esse tem sido um bocadinho o meu sucesso.
Alguma vez pensou ficar mais de 30 anos na SC, chegar a Administrador e com uma carreira internacional?
Integrar este Grupo foi um sonho. Trabalhei sempre muito para chegar ao meu objetivo, chegar onde eu estou agora. Foi um trabalho muito duro, porque mais uma vez o facto de não ser licenciado acarreta algum esforço e proatividade. Quando fui convidado, sempre tive muito medo, mas nunca o mostrei, pensei sempre “Eu vou ser capaz. E juntamente com as pessoas, eu consigo levar as coisas para a frente”, e isto, acompanhou-me sempre.
Que conselhos deixa a quem ambiciona fazer uma carreira internacional?
A adaptação àquilo que encontramos. Temos de ter a capacidade de nos adaptarmos à realidade e não fazer algum tipo de comparação, que é o nosso grande erro. Não podemos pegar naquilo que fomos formatados e que sabemos que é assim e tem de ser assim, chegar e fazer de imediato, porque aí vamos partir as equipas, vamos criar muita resistência e esta resiliência e paciência que temos de ter junto das pessoas é uma das características que têm de ser intrínsecas na pessoa ou então desenvolvê-la muito rapidamente, No fundo é a adaptação às realidades que se encontra.
Na sua visão, a SC é um lugar agradável para Viver, Crescer e Trabalhar?
Eu sou o espelho disso, 36 anos da minha vida que tive a oportunidade de crescer e de ser reconhecido o meu desempenho profissional. Conseguir realizar sonhos dentro deste Grupo, chegar à liderança e chegar a administração de algumas das empresas do Grupo Salvador Caetano. Ao integrarmos este Grupo, temos todo um potencial enorme. A SC cresceu, como diz o nosso Líder “exponencialmente”, com todas estas evoluções e multimarcas por este mundo foi um salto enormíssimo. Quem entra para a SC só pode estar feliz, tem todo o potencial de crescimento, assim tenha a dedicação, assim que queira, assim que esteja vocacionado para levar as pessoas a fazerem aquilo que precisamos, que é atingir os nossos objetivos de maneira feliz. Portanto, a quem tem a oportunidade de estar e ser inserido, é agarrar as oportunidades. Está cá a capacidade. Este grupo tem todo o potencial de nos fazer crescer e eu sou o espelho disso.
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